segunda-feira, 16 de junho de 2008

Conselho Pastoral Paroquial

01. O que é o Conselho Pastoral Paroquial (CPP)? O CPP é um grupo de homens e mulheres – casados, solteiros, jovens, religiosos(as) – que assume, junto com o(s) padre(s) da paróquia, a condução da comunidade paroquial.
02. Quem autoriza a paróquia a constituir o CPP? Quem tem o direito de autorizar as paróquias de uma diocese a constituir o CPP é o Bispo diocesano que, para tanto, ouve o Conselho Presbiteral (Veja “Código de Direito Canônico”, Cân. 512, § 1).
03. Como são escolhidos os membros do CPP? Os membros do CPP são escolhidos segundo o modo indicado pelo Bispo Diocesano (Confira “Código de Direito Canônico”, Cân. 512, § 1).
04. Quem pode participar do CPP? Podem participar do CPP todos que têm o cuidado pastoral da paróquia (líderes, agentes de pastoral, coordenadores de movimentos e pastorais, representantes dos religiosos e religiosas), mais o(s) padre(s) da paróquia.
05. Qual a área de competência do CPP? O CPP tem como área de competência os assuntos paroquiais de pastoral.
06. Quais as finalidades do CPP? O CPP tem como finalidades: 1o) o cuidado como planejamento, a execução e a avaliação das responsabilidades e compromissos assumidos na Assembléia Paroquial; 2o) o acompanhamento de toda a vida pastoral da comunidade paroquial e, 3o) o zelo pela unidade na caminhada pastoral da paróquia.
07. O CPP é o responsável também pela organização e realização da Assembléia Paroquial? Sim, o CPP, tem como uma de suas tarefas mais importantes, a realização da Assembléia Paroquial.
08. Onde está fundamentada a validade do CPP? O CPP tem a sua razão de ser no fato da Igreja ser toda ela ministerial, ou seja, todos os batizados, sem exceção, são chamados a participar ativamente da missão da Igreja (Consulte o documento 20 da CNBB, números 117 a 158).
09. O CPP é de fato necessário à da paróquia? Sim, o CPP é essencial à vida de uma paróquia porque é através dele que a comunidade, direta e indiretamente, assume o compromisso cristão, compromisso este oriundo do batismo e da confirmação.
10. O CPP é um órgão de reflexão ou de ação? O CPP é um órgão tanto de reflexão e planejamento como de ação. Sua principal missão, contudo, é levar a comunidade paroquial a assumir a fé de forma concreta, sempre a partir das decisões tomadas na Assembléia Paroquial.
11. O CPP “manda” na paróquia? Não, o CPP não é o “dono” da paróquia, nem “manda” nela, mas antes está a seu serviço sendo instrumento de comunhão e participação.
12. O CPP “manda” no padre, ou o padre “manda” no CPP? Nem o CPP “manda” no padre, nem o padre “manda” no CPP. Padre e CPP devem caminhar juntos, tendo em comum aquela que é a primeira tarefa de ambos: o serviço à comunidade.
13. Quem preside o CPP? Quem preside o CPP é o pároco.
14. Como os membros da comunidade paroquial podem se manifestar através do CPP? Os membros da comunidade paroquial podem participar das reuniões do CPP de dois modos, a saber: 1o - levando ao conhecimento do seu presidente (o pároco) o(s) assuntos(s) que gostaria de ver tratado(s) nas reuniões ou, 2o - sendo convidado para tomar parte, de forma extraordinária, de uma ou mais reuniões do mesmo.
15. De quanto em quanto tempo o CPP deve ser renovado? Cabe ao Bispo diocesano, depois de ouvir o Conselho Presbiteral, definir de quanto em quanto tempo o CPP deve ser renovado. É prática, no Brasil, que essa renovação se dê de dois anos.
16. Com que freqüência devem ser realizadas as reuniões do CPP? É aconselhável que o CPP se reúna, no mínimo uma vez por mês.
17. O CPP precisa de um livro ata, ou o mesmo pode ser dispensado? Todas as reuniões devem ser registradas no livro ata. Portanto, o mesmo não deve ser dispensado já que, além de guardar parte da história da caminhada da comunidade, também se constitui num precioso instrumento de avaliação dos compromissos assumidos e ali registrados.
18. De quantos membros deve ser composto o CPP? O CPP deve ter tantos membros que forem necessários para que a comunidade paroquial esteja nele bem representada. O bom senso, aliado à realidade local, é que determinará o número de integrantes do CPP.19. Os membros do CPP, nas reuniões, podem apenas defender e/ou promover a sua pastoral ou movimento, em detrimento da unidade e da comunhão? Não! Os membros do CPP devem, em espírito de unidade e sinal de comunhão, pensar no bem estar de toda comunidade paroquial, e não apenas defender ou promover os interesses de sua pastoral ou movimento. Se forem membros do CPP, eles o são para toda a paróquia, e é a ela, como um todo, que devem dedicar os seus esforços e atenção, mesmo quando o assunto é este ou aquele movimento (ou pastoral) em específico.
20. O CPP é obrigatório? O CPP deve existir obrigatoriamente em todas as paróquias de uma diocese a partir do momento em que o Bispo diocesano assim o determinar.
21. O CPP pode contar com a assessoria de peritos? Sim. Sempre que houver necessidade o CPP pode pedir a ajuda de pessoas entendidas nos assuntos por ele estudados. Dessa forma estará executando com mais competência a sua tarefa de pensar no bem de toda a comunidade.
22. O CPP é um órgão consultivo ou deliberativo? O CPP, por força do Código de Direito Canônico tem voto consultivo (Cân. 536 § 2). O pároco, contudo, só não o atenda se tiver motivos graves para tanto.
23. Por que, nas reuniões do CPP, o diálogo é importante? Sem o diálogo não é possível trabalhar em equipe. Onde não há diálogo, o relacionamento e o entendimento ficam prejudicados, se não destruídos. Daí a importância de saber falar e, o que é mais importante, saber ouvir. Só através do diálogo franco e aberto o CPP conseguirá atingir os seus objetivos e cumprir com a sua missão.
24. Em que sentido o CPP mexe com o modelo antigo de paróquia? O CPP mexe com o modelo antigo de paróquia no sentido de que tira das mãos do pároco a responsabilidade exclusiva pela condução da comunidade paroquial, e a coloca nas mãos de todos os batizados, isso sem eliminar ou diminuir os direitos e deveres próprios do pároco. Somos chamados a participar da comunidade paroquial de forma ativa, e não apenas passiva.
25. Os membros do CPP recebem salário? Não, os membros do CPP não recebem salário. O trabalho que realizam é espontâneo e gratuito.

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